À flor da pele


Erotismo e paixão são temas centrais do primeiro livro da escritora mossoroense Fátima Feitosa. Desde 2008 ela começou um projeto de livro, mas como todo autor é exigente consigo mesmo, resolveu engavetar. Quatro anos mais tarde, surge a ideia de escrever poesia sensual. Dessa vez, as letras lhe pareceram mais atraentes e, desde então, ela vem costurando uma teia de significações meio eróticas, meio apaixonadas, mas sempre muito questionadoras que força-nos a interrogações sobre nossos próprios atos. O corpo como extensão do cérebro, as mãos como parte dos fatos, a ação como consequência, embora engaiolada nas regras do devir.

O trabalho editado pela Sarau das Letras tem a capa e o designer interno de Augusto Paiva, artista responsável pela transformação gráfica do Rio Grande do Norte, numa das maiores safras recentes de novos escritores e obras depois de Vingt-Un Rosado. Tão empolgada com a repercussão da obra, Fátima Feitosa já estuda a possibilidade de iniciar um novo trabalho, indo para outro lado daquilo que acabou de sair do forno. O próximo caminho por qual deve percorrer será a poesia infantil, um trabalho tão árduo quanto o erótico, mas com desafio muito mais crucial.

Fátima, como todo artista é inquieta. A poesia nasce em sua vida de uma catarse. Em 2006, começou a ser invadida por ideias a ponto de enlouquecer. Sem alternativa procurou um especialista para se tratar. Ligou para o poeta Caio César Muniz que a diagnosticou com “reserva poética” e a orientou a colocar tudo no papel. O resultado dessa consulta está nascendo agora em forma de livro e de possiblidades de outros trabalhos. “Tudo o que escrevo já vivi, de alguma forma, mesmo que seja só na imaginação”, disse.

À flor da pele será lançado neste sábado, às 20h, na sala Joseph Boulier, no primeiro andar do Memorial da Resistência, com a presença de outros autores, jornalistas e autoridades.

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