Repense o seu cinema – fuja dos americanos.
Chamo a atenção
para o filme Ninfomaníaca, mais uma produção do polêmico cineasta dinamarquês, Larsvon Trier, que produziu, entre outros os chocantes Anticristo, Dogville e
Melancolia. O filme trata do tema envolvendo a sexualidade, no entanto, por
mais que este tenha sido o apelo comercial, não é o forte da película que
envereda pelas questões da condição humana.
Mais do que
isso, Ninfomaníaca, que infelizmente não entrou em cartaz em Mossoró, é um
chute no saco do cinema clichê norte-americano. Uma produção dividida em duas
partes (a segunda está em cartaz em Natal), mas que faz você ficar atento do
começo ao fim. Os que baixam de forma ilegal na internet costumam assistir aos
dois filmes sem tirar os olhos – 4 horas de filmes ininterruptas, e não é por
causa da nudez ou cenas de sexo, mas devido à profundidade do diálogo, forte
também do já clássico Azul é a cor mais quente (La Vie d'Adèle) do diretor franco-tunisino
Abdellatif Kechiche.
Do seleto grupo
de diretores artísticos, Lars von Trier tem pautado sua carreira em grandes
produções que levam o ser humano a refletir sobre a própria vida, a condição
humana e, principalmente, sobre as práticas que o conduz no dia a dia. Estas
questões colocam em xeque a fragilidade dos filmes de violência feitos pelos
EUA que patrocina guerras e faz do cinema um espelho para defender isso,
vendendo um falso clima de guerra no mundo onde eles são os únicos salvadores.
Portanto, peço uma
reflexão sobre o tipo de filme que tentam nos dar para ver, fazendo um alerta
que o mundo é bem maior, mais atrativo e possível – sobretudo belo – do que Hollywood.
Sinopse
Bastante
machucada e largada em um beco, Joe (Charlotte Gainsbourg) é encontrada por um
homem mais velho, Seligman (Stellan Skarsgard), que lhe oferece ajuda. Ele a
leva para sua casa, onde possa descansar e se recuperar. Ao despertar, Joe
começa a contar detalhes de sua vida para Seligman. Assumindo ser uma ninfomaníaca
e que não é, de forma alguma, uma pessoa boa, ela narra algumas das aventuras
sexuais que vivenciou para justificar o porquê de sua auto avaliação.
Segunda parte
das aventuras sexuais de Joe (Charlotte Gainsbourg), uma mulher de 50 anos que
decide contar a um homem mais velho (Stellan Skarsgard) sua história pessoal.
(fonte: Adorocinema)
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